sábado, 1 de março de 2008

A IDEIA

Este Festival foi a resposta à curiosidade suscitada por um problema que à partida em termos ambientais parecia apresentar-se sem solução...

Uma espécie invasora que não teria grandes predadores pelo menos nos primeiros anos da sua introdução em águas nacionais.
Um recurso abundante, um predador cujas vantagens naturais são atingir um estádio de maturidade muito rápido num corpo pequeno, taxa de crescimento rápida, grande número de descendência, tendo em conta o tamanho reduzido dos progenitores, ciclo de vida “plástico” grande poder de adaptabilidade, propaga-se largamente no habitat e tolera extremos ambientais, demonstrando inclusivamente menos sensibilidade à poluição quando comparado a outras espécies de lagostim.

Têm hábitos alimentares generalistas e oportunistas, consumindo seres macroscópicos e anfíbios. É hominívoro, alimentando-se desde raízes em decomposição, a carne, praticando inclusivamente o canibalismo.
Para “vencer” “substituindo” outras espécies de lagostins indígenas, utiliza uma combinação de mecanismos incluindo a exclusão por competição, e a transmissão do fungo "Aphanomyces astaci" responsável pela peste do lagostim.
Para completar este quadro, esta espécie demonstra uma enorme flexibilidade de comportamento quando em competição com novos tipos de predadores.

São estas as razões que levam biólogos e pescadores a considerá-lo uma "praga biológica", responsável segundo alguns autores pelo quase extermínio do
Lagostim de Patas Brancas e pelos prejuízos nos arrozais entre outros.

Mas nem tudo são más noticias, assistiu-se nos últimos anos à integração deste crustáceo na cadeia alimentar servindo de alimento à lontra, ao achigã e à cegonha, sendo em parte responsável pelo regresso da Cegonha Branca ao sul do País.

No entanto, e uma vez que existe em abundância, e está subaproveitado, porque não tirar partido dele? ... Porque não comê-lo?


Não quer dizer que esta seja a solução para este problema... mas a solução pode bem passar por aí.


3 comentários:

Anónimo disse...

Quero felicitar esta iniciativa.
Espero que o Festival Gastronómico de Lagostim de Rio, tenha continuidade por muitos e muitos anos.
Lá estarei com muita vontade de provar as iguarias. assinado: Telma

Unknown disse...

Achei o slogan muito sugestivo.E se outrora foi considerado um manjar-nao dos deuses mas dos monges-porque nao?Aceito o desafio.Parabéns aos promotores, nao se percebia bem como é que Ferreira do Zezere com a albufeira ali ao lado ainda não tinha tirado partido de tal potencialidade!

Unknown disse...

Achei o slogan muito sugestivo.E se outrora foi considerado um manjar-nao dos deuses mas dos monges-porque nao?Aceito o desafio.Parabéns aos promotores, nao se percebia bem como é que Ferreira do Zezere com a albufeira ali ao lado ainda não tinha tirado partido de tal potencialidade!